Biografia de Carlos
Nome completo do poeta: Carlos Drumond de Andrade;
Data de nascimento: 31/10/1902;
Local de nascimento: Itabira/ MG;
Onde viveu o poeta: Itabira, Belo Horizonte e Rio de janeiro;
Um poema sobre Itabira: Confidência do Itabirano
Alguns anos vivi em Itabira.
Principalmente nasci em Itabira.
Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro.
Noventa por cento de ferro nas calçadas.
Oitenta por cento de ferro nas almas.
E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação.
A vontade de amar, que me paralisa o trabalho,
vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e sem
horizontes.
E o hábito de sofrer, que tanto me diverte,
é doce herança itabirana.
De Itabira trouxe prendas que ora te ofereço:
este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval;
este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas;
este orgulho, esta cabeça baixa...
Tive ouro, tive gado, tive fazendas.
Hoje sou funcionário público.
Itabira é apenas uma fotografia na parede.
Mas como dói.
6- Fatos marcantes: 1928 - Publica
na Revista de Antropofagia de São Paulo, o poema "No meio do
caminho", que se torna um dos maiores escândalos literários do Brasil.
1945 - Publica "A Rosa do Povo" pela José Olympio;1982
- Ano do 80º aniversário do poeta. São realizadas exposições comemorativas na
Biblioteca Nacional e na Casa de Rui Barbosa, no Rio de Janeiro.
7- atuação como funcionário público:
- imprensa oficial : Em 1921 começou a colaborar com o Diário
de Minas.
- criação da “A Revista” : 1925;
- um poema sobre BH: Praça da Estação
A Praça da Estação de Belo Horizonte
Carlos Drummond de Andrade
Duas vezes a conheci: antes e depois das rosas.
Era a mesma praça, com a mesma dignidade,
O mesmo recado para os forasteiros: esta cidade é uma
promessa de conhecimento, talvez de amor.
A segunda Estação, inaugurada por Epitácio,
O monumento de Starace, encomendado por Antônio Carlos
São feios? São belos?
São linhas de um rosto, marcas da vida.
A praça da entrada de Belo Horizonte,
Mesmo esquecida, mesmo abandonada pelos poderes públicos,
Conta pra gente uma história pioneira.
De homens antigos criando realidades novas.
É uma praça – forma de permanência no tempo.
E merece respeito.
Agora querem levar para lá o metrô de superfície.
Querem mascarar a memória urbana, alma da cidade
Num de seus pontos sensíveis e visíveis.
Esvoaça crocitante sobre a praça da Estação
O Metrobel decibel a granel sem quartel
Planejadores oficiais insistem em fazer de Belo Horizonte
Linda, linda, linda de embalar saudade
Mais uma triste anticidade
Carlos Drummond de Andrade
Duas vezes a conheci: antes e depois das rosas.
Era a mesma praça, com a mesma dignidade,
O mesmo recado para os forasteiros: esta cidade é uma
promessa de conhecimento, talvez de amor.
A segunda Estação, inaugurada por Epitácio,
O monumento de Starace, encomendado por Antônio Carlos
São feios? São belos?
São linhas de um rosto, marcas da vida.
A praça da entrada de Belo Horizonte,
Mesmo esquecida, mesmo abandonada pelos poderes públicos,
Conta pra gente uma história pioneira.
De homens antigos criando realidades novas.
É uma praça – forma de permanência no tempo.
E merece respeito.
Agora querem levar para lá o metrô de superfície.
Querem mascarar a memória urbana, alma da cidade
Num de seus pontos sensíveis e visíveis.
Esvoaça crocitante sobre a praça da Estação
O Metrobel decibel a granel sem quartel
Planejadores oficiais insistem em fazer de Belo Horizonte
Linda, linda, linda de embalar saudade
Mais uma triste anticidade
- morte e homenagem: Em 5
de agosto, após dois meses de internação, morre sua filha, Maria Julieta,
vítima de um câncer. O poeta fica desolado: seu estado de saúde piora, e ele
falece 12 dias depois, aos 85 anos, de problemas cardíacos
- obras importantes:
1942 - A Livraria José Olympio Editora publica "Poesias"
1945 - Publica "A Rosa do Povo" pela José Olympio
1967 - Publica "Versiprosa", "Mundo vasto
mundo"
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